A Bela e a Fera – suas Antiquíssimas Origens e Versões (por Luciana Mion) #abelaeafera#inconscientecoletivo#madamedeVilleneuve#madameBeaumont#contosdefadas#curiosidades#classificação-de-contos#protagonismo
Os acadêmicos de universidades europeias investigaram as ligações entre diferentes estórias pelo mundo e descobriram que algumas possuem raízes pré-históricas! Os estudiosos concluíram que o conto “A Bela e a Fera” origina-se anterior à escrita, há 4 mil anos…Mas o que chegou a nós foi uma versão francesa do século XVIII. Tudo começou com a obra, 100% de autoria do gênio de Madame de Villeneuve – mas como poderia dizer Jung, e como apontam as evidências científicas, um conto também é 100% advindo do Inconsciente Coletivo em que estamos mergulhados… O que sabemos é que Madame de Villeneuve publicou em 1740, em um jornal francês, o que consideramos originalmente ser “A Bela e Fera”. A publicação possuía mais de 300 páginas e fazia uma crítica sobre o tratamento dispensado às mulheres mais velhas da época!! De acordo com aquela estória, a mãe da Bela era uma velha fada que se apaixonou por um rei, por não poder assumir a maternidade, doou-a para um comerciante. Em 1757, a estória de Villeneuve foi reescrita pela Madame Leprince de Beaumont, romantizando e se aproximando mais da versão que conhecemos – inclusive ocultando alguns detalhes de teor… erótico! A versão original de Villeneuve também não possuía nenhuma lição de moral sobre amar além das aparências, sendo isso também inovação de Madame Beaumont. Depois a Disney adaptou a versão de Beaumont para chegar até nós.
Curiosidades:
Segundo a prof. Lúcia Helena Galvão, os contos de fadas podem ser divididos em grandes ciclos. Esta estória se encontra no ciclo mais arcaico, das tradições mais antigas, que se refere a um Animal que Recupera a Forma Humana. Segundo o prof. Marco Haurélio, o conto da “A Bela e a Fera” pertence a um tipo de ATU. ATU é uma sigla do sistema de classificação de Aarne-Thompsom- Uther, esse sistema é usado para classificar contos do mundo todo. Apesar de cada conto ser único, pela numeração ATU, é possível reuní-los em uma unidade temática. O conto analisado está junto a tantos outros que falam de “Um Noivo Animal”, por isso o n°425; já o “C” se refere aos contos, em que casados, a princesa busca “O Marido Perdido”.
Fontes Inspiradoras:
Nova Acrópole – Prof Lucia Helena Galvão.
Cordelista e Prof. do Folclores Brasileiro – Prof. Marco Haurélio.
SurLaLuneFairyTalesBlog (em inglês)http://www.surlalunefairytales.com/
BBC-Brasil Contos de fadas têm origem pré-históricahttps://www.bbc.com/…/2016/01/160120_contosfadas_origem_tg
Jaqueline Peixer – A verdadeira história do conto A Bela e a Fera https://medium.com/…/a-verdadeira-hist%C3%B3ria-do…
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