É MESMO?
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Dentre todos os contos budistas, um dos mais apreciados por leitores das várias religiões é o que relata a estória ocorrida com o mestre Hakuin Ekaku, respeitado monge zen-budista no século 17.
Um dia o mestre Hakuin foi injustamente acusado por uma moça de tê-la engravidado. Ao ser confrontado pelos indignados pais, o nobre monge, mesmo tendo a certeza de que não era sua a responsabilidade, simplesmente respondeu: “É mesmo?”
O povo todo o desprezou e se recusou a continuar ajudando-o. Hakuin vivia das esmolas e doações e precisou ir peregrinar cada vez mais longe. Quando a criança nasceu, os familiares a levaram e deixaram-na aos cuidados de Hakuin, que a recebeu com a mais tranquila aceitação. Durante dois anos alimentou-a, cuidou dela com o inerente amor em seu espírito, mesmo tendo de percorrer longas jornadas a fim de obter comida para os dois.
Após esse período, a mãe sentiu-se arrependida da falsa acusação, contou aos pais que não tinha sido honesta sobre a paternidade do filho. Os avós da criança envergonharam-se profundamente e procuraram o monge para lhe explicar toda a verdade, pedindo sinceras desculpas por toda a situação que lhe impuseram. Além disso, solicitaram a guarda da criança, ao que Hakuin, mais uma vez simplesmente respondeu: “É mesmo?”
Qual o profundo significado desta simples estória? Talvez que só o ego e o apego trazem sofrimento e que o karma não está no que nos acontece, mas na resposta que damos ao que nos acontece…
🐜Fonte:🐜🐜🔸️Texto adaptado do perfil Ezaqui Isaac Ezagui – Artigo extraído de Kototama n. 11, 43, Lux Oriens Editora www.temploluzdooriente.org.br/loja
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