Era uma vez um explorador estrangeiro que acompanhava uma tribo de aborígenes na Austrália. Eles caminhavam por uma região desértica e esse explorador levava um caderninho onde anotava tudo o que via: os gestos, as falas, o comportamento… Tudo que dizia respeito aos costumes daqueles homens aborígenes. Aí ele percebeu que de tempos em tempos, dentro dessa caminhada, eles paravam. Não paravam para comer ou descansar ou para conversar. Simplesmente paravam por um tempo e depois retomavam suas atividades normalmente. Depois que isso aconteceu uma, duas, três vezes, ele resolveu perguntar por que eles paravam? E eles disseram: – Ah! É muito simples! Nós paramos para esperar nossas sombras. É que as sombras, às vezes, param um pouco no caminho para ouvir, para perceber, para se dar conta de algo que o corpo não apreendeu. Por isso é que às vezes precisamos parar; para esperar nossas sombras se juntem a nós e nossas almas fiquem completas.

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