Reparação, romance vencedor do Book Prizer (Ian McEwan)
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“O problema destes 59 anos é este: como pode uma romancista realizar uma reparação se, com seu poder absoluto de decidir como a história termina, ela é também Deus? Não há ninguém, nenhuma entidade ou ser mais elevado a que ela possa apelar, ou com quem possa reconciliar-se, ou que possa perdoá – la. Não há nada fora dela. Na sua imaginação, ela determina os limites e as condições. Não há reparação possível para Deus nem para os romancistas, nem mesmo para os romancistas ateus. Desde o início a tarefa era inviável, e era justamente essa a questão. A tentativa era tudo.” (p.443)

Neste romance, o que está em jogo, além da questão da culpa e do perdão, são também as relações entre estética e ética. É uma narrativa deslumbrante, mas também uma reflexão sofisticada a respeito da natureza da literatura, seus poderes e suas limitações.

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