Com as Mãos (adaptado de Elena Barnabé. Gratidão à Débora que leu esse texto de delicada importância🌷).
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Uma vez perguntei a uma velha sábia como se lidava com a dor. E assim ela me respondeu:
“Com as mãos, querida. Sempre use as mãos. Se você fizer isso com a mente, a dor, em vez de diminuir, endurece ainda mais.Nossas mãos são as antenas de nossa alma. Se você as mover costurando, cozinhando, pintando, tocando ou afundando-as na terra, envia sinais de cuidado à parte mais profunda de você e sua alma se acalma porque você está prestando atenção nela. Dessa forma, ela não precisa mais enviar dor para mostrar isso. “
Intrigada, ainda perguntei se as mãos eram realmente assim tão importantes…
“Sim, minha menina. Pense nos bebês: eles começam a conhecer o mundo graças ao toque de suas mãozinhas. Se você olhar para as mãos dos idosos, elas contam mais sobre suas vidas do que qualquer outra parte do corpo. Tudo feito à mão se diz que é feito com o coração, porque realmente é assim: as mãos e o coração estão conectados. Os massagistas sabem disso, quando tocam o corpo de outra pessoa com as mãos, eles criam uma conexão profunda. E desta conexão vem a cura. Pense nos amantes, quando suas mãos se tocam, fazem amor da maneira mais sublime “.
Minhas mãos… Eu pensei, quanto tempo não as uso assim…
“Mova-as, minha menina, comece a criar com elas e tudo dentro de você se moverá. A dor não passará, mas se tornará a sua melhor obra-prima. E não vai doer mais, porque você conseguiu bordar sua essência.”